O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma patologia de elevada incidência e mortalidade em todo o mundo, é caracterizado por uma disfunção neurológica aguda, de origem vascular, de início relativamente súbito, com sinais focais ou, em algumas vezes, globais de alterações da função cerebral, com duração superior a 24 horas., hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnóide.
Os fatores de risco para o AVC podem ser considerados modificáveis (controlados com mudanças no estilo de vida ou medicamentos) ou não modificáveis. O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco. Pessoas com pressão alta têm quatro a seis vezes mais chances de terem um episódio de AVC. Isso acontece por conta do enrijecimento dos vasos e aterosclerose, comuns em hipertensos, que pode levar à obstrução arterial. Os pacientes diabéticos também devem controlar as taxas de glicemia capilar e outros fatores de risco, pois o risco de isquemia é duas vezes maior se comparado ao de pessoas não diabéticas
O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco.
A espasticidade é uma das manifestações clínicas do AVC, resultante da lesão do neurônio motor superior no sistema nervoso central. A espasticidade severa reduz a flexibilidade, ocasiona erros de postura e reduz a mobilidade funcional além de provocar dor articular, contratura e dificuldade de posicionamento para o conforto e a higiene (BARRETO et al, 2015).
AVC PODE DEIXAR DANOS IRREPARÁVEIS
O AVC pode deixar danos profundos nas suas vítimas que encontram regularmente muita dificuldade em recuperar a mobilidade física e até a destreza intelectual que, tantas vezes, esta doença acarreta. No entanto, são cada vez mais as pessoas que procuram um tratamento não convencional que tem apresentado resultados surpreendentes junto de quem teve o infortúnio de passar por este problema: a acupuntura para recuperar de AVC que, ao influenciar a elasticidade cerebral, acelera eficazmente o processo de reabilitação.
Ainda que a medicina convencional ofereça às vítimas de AVC alguns tratamentos que promovem a recuperação da sua qualidade de vida e a máxima minimização dos danos da doença, a verdade é que nem sempre é fácil recuperar de forma rápida e total de sequelas que podem, muitas vezes, condicionar quase que totalmente a vida de um doente. É precisamente aqui que a acupuntura para recuperar de AVC marca a diferença!
UMA VISÃO DO AVC NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
Na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o acidente vascular cerebral enquadra-se na situação de “Golpe de Vento” que corresponde a quatro possíveis quadros na medicina ocidental: hemorragia cerebral, trombose cerebral, embolia cerebral e um espasmo de um vaso cerebral.
A patologia “Golpe de Vento” na medicina oriental é a causa de um desequilíbrio energético, que pode ser um desequilíbrio de Yin ou Yang, uma deficiência ou excesso de energia em um determinado órgão, ou um bloqueio energético.
Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o vento, a mucosidade, o fogo e a estase são os quatro fatores patogênicos do AVC, que podem aparecer em combinação e se apresentar com diversos graus de intensidade. A hemiplegia é consequência da obstrução dos canais por ação do vento e da mucosidade, a rigidez das articulações e a contração dos músculos indicam estase de sangue (Xue), sobre um fundo de deficiência de QI, Xue ou Yin. Após um golpe de vento é importante observar os desequilíbrios que causaram o primeiro episódio, podem estar ainda latentes, predispondo o paciente a futuras crises.
A etiologia do AVC na MTC do golpe de vento há quatro grupos de condições fundamentais: excesso de trabalho, estresse emocional e atividade sexual excessiva, causadoras de deficiência de Yin do rim e fígado e ascensão do Yang do fígado que especialmente nos idosos, pode gerar vento no fígado; alimentação irregular e esforço físico excessivo: grandes quantidades de alimentos doces, laticínios e frituras enfraquecem o baço e geram mucosidade (fator predisponente de obesidade), que pode se combinar ao fogo; repouso inadequado enfraquecem a essência do rim e gera deficiência da medula, que falha em nutrir o sangue (Xue) e eventualmente a quadros de estase (estagnação) do mesmo.
A hemiplegia resulta da ascensão que se combina com o fogo e invade os canais da parte superior do corpo, interrompendo o fluxo de QI e Xue. O mesmo pode ocorrer quando a turbulência e a obstrução são geradas pelo vento e a mucosidade. Outros elementos, como fleuma ou QI, raiva ou alegria apenas contribuem para variações do quadro clínico (NAKATA et al, 2014).
Em resumo, o vento, a mucosidade, o fogo e a estase são os quatro fatores patogênicos do AVC na MTC, que podem aparecer em combinação e se apresentar com diversos graus de intensidade. A hemiplegia é consequência da obstrução dos canais por ação do vento e da mucosidade, a rigidez das articulações e a contração dos músculos indicam estase de sangue (Xue), sobre um fundo de deficiência de QI, Xue ou Yin. Após um golpe de vento é importante observar os desequilíbrios que causaram o primeiro episódio, podem estar ainda latentes, predispondo o paciente a futuras crises (MORAIS e FERNANDES, 2015; NAKATA et al, 2014).
TRATAMENTO
A acupuntura é um tratamento originário da Medicina Milenar Chinesa que estimula a boa circulação de vários tipos de energias orgânicas, com vista a harmonizar o corpo e a mente e a tratar patologias que, sejam de foro físico ou emocional, condicionam a qualidade de vida dos pacientes. O médico Wu Tu Hsing, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Brasil), revelou recentemente que alguns dos seus estudos permitem concluir que “cerca de 20% dos movimentos corporais melhoram quando o paciente faz o tratamento com acupuntura, já que este tratamento promove as funções motoras e o equilíbrio.
Sendo 100% natural e não utilizando químicos, a acupuntura para recuperação de AVC promove ainda a proliferação de neurónios novos ao mesmo tempo que reduz os índices deficitários a nível neurológico. Isto vai fazer com que os pacientes recuperem gradualmente a sua elasticidade cerebral e intelectual, que terá consequências diretas na sua mobilidade, no seu estado emocional e na sua qualidade de vida.
A acupuntura para recuperação de AVC é um tratamento indolor, que reduz os níveis de ansiedade e de stress dos seus pacientes, levando a que, também emocional e psicologicamente, lhes seja mais fácil enfrentar as dificuldades iniciais em combater os danos do AVC e em se fortalecerem para lutar pela recuperação do seu dia-a-dia habitual. Esta eficácia é cada vez mais reconhecida pela própria medicina convencional que, em tantos pontos do mundo, tem adoptado esta terapêutica nas suas unidades hospitalares, com vista à melhoria e à recuperação das vitimas de AVC.
Na medicina tradicional chinesa reforçar a função cerebral envolve além de trabalhar com pontos específicos do cérebro também trabalhar a essência do Rim, nutrir o sangue do coração e a tonificação da medula ,quando na harmonização do Shen se consegue maior relaxamento,menos estresse, melhor qualidade do sono também se afeta diretamente o melhor rendimento geral dos zang fu.
Após um golpe de vento é importante observar os desequilíbrios que causaram o primeiro episódio, podem estar ainda latentes, predispondo o paciente a futuras crises.
A acupuntura tem resultados excelentes e é primordial para o tratamento do AVC, visto que a medicina ocidental ainda não possui nenhum tratamento com eficácia comprovada.
Na acupuntura usamos alguns pontos sistêmicos, recomendados para utilização no tratamento da afasia:
C5: acalma a mente, tonifica o QI do coração, beneficia a língua; Apresenta um efeito marcante sobre a língua, sendo o ponto de escolha para tratar afasia.
CS6: acalma a mente e o coração, promove o sono, abre o tórax e move o QI e o sangue.
R3: fortalece o cérebro e é extremamente importante para tonificar o rim em qualquer padrão de deficiência (Yin ou Yang), da essência do QI do rim.
BP6: fortalece o baço, tonifica o rim, nutre o sangue e o Yin, move e esfria o sangue, elimina a estase, acalma a mente.
VB39: nutre a medula, o cérebro e a medula óssea, pode-se dizer que seu uso regular em idosos ajuda a prevenir o acidente vascular cerebral, expele vento.
VG18: clareia e tranquiliza a mente.
VG20: extingue o vento interior, eleva o Yang, beneficia o cérebro e órgãos do sentido, eleva a mente.
IG18: ponto indicado nos casos de afasia, umedece a garganta, remove calor da garganta e tórax.
Como uma condição aguda podemos pontos principais de acordo com as manifestações clínicas.
– síndrome espástica: VG26, VG20, R1, F3, CS8, P11, C9, CS9, IG1, TA1, ID1.
– síndrome flácida: VC4, VC8
– paralisia dos membros superiores: IG15, TA14, IG11, IG10, TA5, IG4
– paralisia dos membros inferiores: VB30, VB31, VB34, E36, E41, B40, BP6, BP9, B60
– paralisia facial: E4, E6, VB14, B2, IG20, E7, IG4, E44
– afasia: VC23, VG15, C5
– disfagia: VC23, IG18, VB20, IG4
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